Tribuna Livre: Índices favoráveis de crescimento

Os índices econômicos seguem em crescente desde os primeiros passos da retomada, em 2021. Com isso, os resultados positivos começam a aparecer: o avanço do setor de serviços foi de 10,9%, após uma queda de 7,8% em 2020, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo órgão no início de março de 2022.

Com relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o avanço foi de 0,5% no quarto trimestre de 2021, terminando o ano com crescimento de 4,6% e totalizando R$ 8,7 trilhões em movimentações. Esses dados mostram recuperação das perdas de 2020, quando a economia brasileira encolheu 3,9% devido à pandemia. O PIB per capita alcançou R$ 40.688,00, em 2021, um avanço em relação ao ano anterior, cujo registro foi de R$ 35.172,00, sendo o menor já registrado pelo IBGE desde 1996 (início dos quantitativos do órgão sobre o PIB).

Quanto à crescente no setor de serviços, área fortemente afetada pela necessidade de isolamento social e do fechamento dos estabelecimentos que prestavam serviços de caráter presencial,  acredita-se que esse aumento ocorreu pelas oportunidades de negócios voltadas às empresas, como os de tecnologia da informação, transporte de cargas, armazenagem, logística de transporte e serviços financeiros auxiliares que tiveram ganhos mais expressivos e compensaram as perdas dos atendimentos realizados em caráter presencial.

Os destaques para o resultado de 2021 foram: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, com avanço de 15,1%; e serviços de informação e comunicação que cresceram 9,4%. As duas atividades superaram as quedas de 7,6% e 1,6%, respectivamente, em 2020. Também tiveram crescimento as atividades de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); serviços prestados às famílias (18,2%); e outros serviços (5,0%). Esses dados estão relacionados ao avanço da campanha de vacinação contra a COVID-19, com impacto direto no consumo das famílias.

Outra área incluída a de serviços, também com números favoráveis, foi a de turismo, especialmente ligado ao retorno dos cruzeiros, pois a retomada favorece diretamente o potencial econômico no que tange à oferta de serviços, empresas e profissionais envolvidos no setor. Desde setembro de 2021, venho lutando para que este setor, essencial para a promoção de empregos e grande gerador de receita à nossa cidade e região, seja retomado seguindo todos os protocolos sanitários e, garantindo assim, a segurança dos passageiros e da tripulação.  É esperado que, mesmo com a interrupção temporária, a estimativa de arrecadação alcance R$ 1 bilhão, no mínimo, além de gerar mais de 35 mil empregos diretos e indiretos. Esses dados, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), devem-se à movimentação de R$350 milhões, contemplando a cadeia de profissionais e empresas envolvidas, a cada navio atracado.

Podemos analisar que o aumento de índices econômicos, como o PIB, está diretamente relacionado à ascensão da economia, pois quanto maior o PIB, maior é a renda da localidade. Com isso, são fortalecidos também a oferta de trabalho, giro da economia local e renda, com ganhos direcionados à nossa cidade e população como um todo.

Jornal A Tribuna – Tribuna Livre – p. A2

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