Animais e o coronavírus, como protegê-los?

Não há comprovação científica da Agência Nacional de Saúde sobre a transmissão do COVID-19 aos humanos

A quarentena tem sido a principal ação como medida protetiva à transmissão do coronavírus. Com a evolução da COVID-19, especialistas têm a recomendado como melhor maneira de conter a proliferação do vírus.
Entretanto, com a família em isolamento social, o convívio com os pets aumenta. Surgem então muitas dúvidas em relação ao contato com os animais e se de fato eles são possíveis transmissores.
Segundo a veterinária Silvia Croce Sebastião, da Clínica Veterinária Silvia Croce Sebastião, não há comprovação científica instituída pela Agência Nacional de Saúde quanto a isso. Os cães podem ter variações do coronavírus denominada Coronaviridae que podem implicar em gastroenterite e nos gatos gerar peritonite infecciosa felina, ambas não transmissíveis aos humanos e prevenidas com vacina.

Higiene também é primordial

Para garantir os passeios com os cães, dentro da nova rotina estabelecida pela quarentena, Silvia afirma que a limpeza das patinhas são parte das medidas de higiene e cuidado, já que o animal faz parte da família.

“Há cães que só fazem as necessidades na rua, então para manter as saídas, os donos devem redobrar a atenção e no retorno para casa, lavar as patas do animal com água e sabão”.

Além disso, a veterinária recomenda:

  • Fazer passeios rápidos, que não exponham muito o animal e não parar para conversar com vizinhos ou conhecidos no caminho. Esta medida é para evitar que as pessoas façam carinho no cão e neste contato com o pêlo do animal, sujeiras poderão ser levadas para dentro da residência;
  • Verificar com frequência a infestação de pulgas e carrapatos pois esses parasitas podem impactar no asseio e com isso atrair doenças ao pet;
  • Manter a continuidade dos banhos garantindo que os cães estejam sempre limpos;
  • Somente a limpeza das patas com água e sabão já impede a contaminação. Álcool em gel pode trazer alergias aos animais.

Responsabilidade em jogo

A guarda responsável também foi um ponto de grande importância destacado por Sílvia. Em Hong Kong, na China e também na Espanha, durante o auge da proliferação do coronavírus houve casos de abandono de animais. “Os donos devem buscar informação pois os animais são parte da família e o abandono é crime em nosso país.”
As denúncias de abandono e maus-tratos devem ser feitas na unidade policial mais próxima. No estado de São Paulo, a Polícia Civil possui a Divisão de Investigação sobre Infrações de Maus-Tratos a Animais que investiga os boletins de ocorrência recebidos pela Delegacia Eletrônica de Proteção Animal (DEPA).  

Fonte: Veterinária Silvia Croce Sebastião CRMV/SP 42.416

Instagram: @vetsilviacrocesebastiao

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